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Administrador da recuperação judicial da Oi (OIBR3) pretende entregar quadro de credores antes de 60 dias.

Com o documento em mãos, recuperação judicial da companhia poderá ser concluída.

Se depender dos administradores da recuperação judicial (RJ) da Oi, o quadro geral de credores (QGC) da companhia deve estar nas mãos do juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio, antes de 60 dias. Este foi o prazo adicional dado por Viana para receber o documento, uma espécie de anexo do relatório final circunstanciado – por sua vez, uma fotografia completa da empresa, da qual o juiz precisa para encerrar a RJ.

O despacho do juiz veio a público na última segunda-feira e integra um processo que já soma mais de 560 mil páginas. A plataforma on-line de mediação, por onde chegam as demandas dos credores, registra, em média, mais de 1.000 incidentes por mês, segundo a advogada. “Na época em que pediu a recuperação [em 2016], a Oi tinha mais de 500 mil ações de credores”, explica a advogada.

“O encerramento da plataforma é uma consequência lógica para o próximo passo da recuperação judicial. Não dá para seguir alterando valores. O que dava para mediar, foi mediado”, afirma a advogada. Adriana explica que, em muitos casos, os credores não tiverem interesse na mediação ou não juntou a documentação necessária para o procedimento.

Procurada pela reportagem, a Oi informou que não pode comentar o adiamento da conclusão da recuperação judicial, até que saia a decisão do juiz. Em setembro do ano passado, a Justiça estabeleceu o encerramento da RJ para março deste ano, dando prazo para que a Oi pudesse fechar a venda de seus ativos.

Duas negociações estão em processo de closing: venda da Oi Móvel para TIM (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Claro; e a venda do controle da V.Tal (ex-InfraCo) para fundos do BTG Pactual.

Atraso já era esperado pelo mercado

Fabiano Vaz, analista da Nord Research, diz que o mercado já esperava que o fim da RJ fosse se estender por mais um tempo, desde o atraso da aprovação, pelo Cade, da venda da Oi Móvel. “São processos que acabaram demorando mais do que o previsto e no final das contas a Oi não tem muito controle sobre isso, dependendo de autarquias e órgãos para poder avançar”, afirma.

Ele acredita que a Oi deve sair da recuperação judicial até o meio deste ano. “As ações, não tem jeito, acabam refletindo todas as expectativas do mercado. Pode ser que elas sofram nesse curto prazo”, diz Vaz.

 
Fonte: Infomoney 

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